— Seu salão é lindo! — elogiou Paulo Gustavo, ao ver o colega de tesouras.
— Também gosto do seu. É meio high tech — devolveu Jorge.
Os dois já tinham sido vizinhos de camarim nos teatros do Shopping da Gávea. Paulo, com “Minha mãe é uma peça”, e Jorge, em cartaz com “Boom”.
— A gente se visitava antes de atuar. Adoro quem busca a comédia — lembra Jorge Fernando.
É nas viagens com o espetáculo que Paulo Gustavo saboreia o novo assédio.
— O povo nas ruas grita quando eu passo: “Repica, Renée” — conta o ator sobre o bordão do personagem, que nasceu no filme “Divã”, em 2009.
A dupla, porém, não bate ponto nos salões.
— Tive cabelo grande na adolescência, pintava de vermelho de dia e de preto à noite. Depois caiu tudo. Quando vi que dava para raspar o cabelo no chuveiro, parei de ir ao barbeiro — lembra Paulo.
Jorge reconhece que a vaidade o levou de volta ao cabeleireiro.
— Odeio salão. Mas agora que estou no ar como ator, comecei a pintar o cabelo, a encolher a barriga — diz ele, que revela um truque típico de craques do ofício: — Uso um tom cobre para esconder os fios brancos. Dá um efeito louro.
Apesar das coincidências, os personagem têm vidas independentes.
— Graças ao Alvarenga (Jr. diretor dos dois programas), eles são totalmente diferentes, até nas piadas de veado — diverte-se Jorge.
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