quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Entrvista com o Paulo Gustavo feita pela Contigo Online.

Paulo Gustavo sobre novos comediantes: ”Você pode fazer humor, sem ofender ninguém”


Aos poucos, o ator Paulo Gustavo, 33 anos, se acostuma com a popularidade. Sucesso absoluto com o espetáculo, Minha mãe é uma peça, há quase seis anos em cartaz, ele ainda faz uma dobradinha com Hiperativo. Paulo conta somente com uma hora de intervalo para se despir da super mãe Hermínia e se preparar para interpretar vários outros personagens, inclusive ele próprio, em situações do dia a dia.

Como se não bastasse, o ator escreve e interpreta os divertidos quadros do programa 220 volts, no Multishow. Não é sem razão que Paulo parece estar 24 horas ligado na tomada. Um bom exemplo disso foi o modo como realizamos essa entrevista. Em um domingo quente do Rio de Janeiro, onde ele teria apenas 30 minutos para atender a Contigo! Online.

Na hora marcada, ligamos apenas para informar que já estávamos no local, um café em frente ao teatro das Artes, onde são realizadas as duas peças. Paulo atende o celular e escutamos : “Contigo! Online? Caramba, eu esqueci completamente da entrevista”. O que poderia ser um problema acabou em um animado e corrido bate papo, onde o ator mostrou por que está conquistando tanta gente.

“Você pode fazer humor sem ofender ninguém. Nas peças, o pessoal sai querendo ser meu amigo, trocar telefone. Algo bem leve”, fala. Ao final da entrevista, a despedida tinha que ser no melhor estilo Paulo Gustavo. “Agora deixa eu ir, por que hoje é aniversário do meu pai e menti para ele falando que já tinha comprado o presente. Só não falei o que era, por que era muito especial. Ai, será que acho alguma coisa por aqui, menina?”, risos.

Estilo de Humor
“Sempre me perguntam o que eu acho desse tipo de humor, estilo pegadinha, desses que ficam na porta de festa zoando artistas [estilos de Pânico na TV e CQC]. Não posso dizer o que eu acho, por que não assisto, mas posso falar que não faço parte dessa galera. Nunca assisti o CQC, por exemplo, mas sei que eles vendem muito. Eu vivo dando mancada, uma vez me falaram que eu parecia com aquele careca da bancada do CQC [Marcelo Tas] e eu simplesmente não sabia o nome dele. As pessoas gostam muito, mas eu não tenho talento para isso. Eu acho que tem que se tomar muito cuidado, pode se fazer humor, mas sem precisar ofender. A base de tudo é a educação. O humor está indo para um lado bem ruim, constrangedor. As pessoas querem ser engraçadas a qualquer custo.”

Sim, Bruno Mazzeo
“Na peça Hiperativo, eu coloco algumas situações do meu dia a dia. Hoje, por exemplo, eu estava malhando e uma menina me parou e falou, ‘nossa, gosto muito de seu trabalho. Eu vi você no Multishow, adorei’. Eu agradeci e ela no final perguntou: ‘Você está no facebook, posso te adicionar?’ Eu respondi prontamente que sim e ela completou: ‘Então tá, você está no face com seu nome mesmo, né? Bruno Mazzeo?’ Respondi, ‘Sim, claro, Bruno Máximo, isso mesmo’.”

Minha mãe, O Filme
“Já terminamos de escrever o roteiro e está super legal. Estamos na fase de correr atrás de patrocínio. Tenho alguns nomes para formar o elenco, mas vai depender também do cachê que eles irão cobrar. Convidei a Marieta Severo, o Tony Ramos, a Ingrid Guimarães. Espero conseguir rodar em outubro. Assim como no teatro será uma homenagem às mães. Uma forma de brincar com esse comportamento histérico que elas têm com os filhos. A minha mãe brinca que o texto é dela e eu roubei. Na verdade, ela é muito pior do que na peça, eu dei uma amenizada para não queimar muito o filme dela (risos).”

Hiperativo
“Eu estou com duas peças no teatro, escrevo e gravo o 220 volts, tenho o filme e estou começando a escrever um musical para o ano que vem, o nome é Você deu sorte que eu vim. Sou assim. Se eu ficar três semanas de férias já fico entediado. As pessoas com que me relaciono já estão acostumadas. Antes de alguém terminar de falar, eu já entendi o final da frase e já vou falando junto, vou atropelando. Os meus amigos levam tudo na esportiva.”

Paternidade
“Acho que eu daria um ótimo pai. As crianças me adoram e eu também gosto muito delas. Gosto também muito das senhorinhas. Um filho está nos meus planos com certeza, mas estou começando agora. Preciso fazer meu pé de meia para ter uma infraestrutura e oferecer para ele.”

Assédio
“O assédio do público está acontecendo aos poucos e assim é bom, por que estou com chance de me acostumar. Não sou um galã de novela das oito, que passa na televisão e no dia seguinte não pode nem sair na rua. O assédio é diferente, não sou um Cauã Reymond, que as pessoas gritam, saem correndo atrás, seguram no braço. Na maior parte das vezes, só pedem para tirar foto, riem, lembram as piadas.”

Fonte: Contigo! Online

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