RIO DE JANEIRO - Paulo Gustavo saiu de Niterói e foi morar no Rio de Janeiro aos 18 anos para se formar em Artes Cênicas na Casa das Artes de Laranjeiras. Foi lá que ele criou a personagem Hermínia, que foi inspirado na própria mãe, do espetáculo “Minha Mãe é uma Peça”. De lá pra cá, o cara não parou mais e divertiu o público muitas vezes com o irreverente cabeleireiro René, de “Divã”. Agora, ele volta para a TV com o programa humorístico “220 Volts”, do canal a cabo Multishow.
Em um bate-papo com o Famosidades, o ator revelou que ainda precisa trabalhar muito para conseguir tudo isso. “Tenho que ralar e botar a mão na massa. Meu dia a dia não tem glamour nenhum. Ralo muito, fico o dia todo no telefone vendo pauta, cenário, escrevendo coisas, fechando contratos. Eu ralo, tá?! Então, é o reconhecimento disso tudo que eu faço!”, declarou.
Com tantos trabalhos de humor na carreira, Paulo Gustavo confessou que não tem medo de ser rotulado como comediante. “Acho o máximo ser comediante, acho chique, diferente! Sou superfeliz e agradeço a Deus todos os dias por ter me feito assim!”, disse.
Mas quem diria que um ator que faz os outros rirem, é alvo da timidez? “Eu sou tímido, não gosto que me largue vendido no meio de um monte de gente. Se eu tiver que fazer uma piada, eu travo. Se eu for a uma peça e um ator descer do palco e falar comigo, eu desmaio. Tenho horror!”.
Já está com sorriso no rosto? É porque você ainda não leu a entrevista na íntegra. Confira nas próxima páginas e se apaixone pelo talento de Paulo Gustavo.
FAMOSIDADES - Você sempre foi engraçado? Como descobriu seu lado comediante?
PAULO GUSTAVO - Sempre fui. Ainda criança, era eu quem ficava nas festas, nas datas especiais - em que vinham a família toda aqui pra casa - no meu da sala fazendo palhaçada, imitando meu pai, minhas tias e a minha mãe! Então, foi aí que eu percebi que tinha talento para ser comediante!
Você é engraçado no dia a dia? As pessoas te cobram isso?
Tem gente que olha pra minha cara e já começa a rir! Acho que tenho um tipo engraçado, e a minha maneira de comentar as coisas pode ser bem divertida! Meus amigos costumam dizer que eu sou um palhaço, então eu sou, né! Fazer o quê? As pessoas geralmente cobram sim, mas quando eu não estou afim, dou um jeito de não fazer graça.
Tem medo de ficar marcado como um ator só de comédias? O rótulo de "comediante" te incomoda?
Não tenho medo nenhum. Acho o máximo ser comediante, acho chique, diferente! Sou super feliz e agradeço a Deus todos os dias por ter me feito assim!
Por que você acha que “Minha Mãe é uma Peça” e “Hiperativo” fazem tanto sucesso?
Porque são peças que sempre tocam o público em algum lugar. Porque é comédia. Porque as pessoas se identificam e porque eu faço com carinho, e me divirto fazendo. Então acho que a plateia segue esse mesma vibe!
Já passou por alguma situação constrangedora no palco?
Já esqueci texto várias vezes, às vezes continuo, às vezes paro. Esse é o pânico de todo ator, né! Mas faz parte. Procuro me divertir com isso. Sem contar que a plateia ama quando vê um ator na merda, perdendo o texto. Porque isso torna o dia que ela assistiu especial! Depois eles chegam em casa e dizem: ‘Hoje eu assisti o Paulo Gustavo e ele errou’ [risos].
Você chegou a imaginar que alcançaria todo esse sucesso?
Eu acredito muito em mim. O meu ego e minha vaidade me ajudam muito a acreditar no meu trabalho. Tudo dentro do limite, é claro. Mas eu quero alcançar coisas muito maiores do que eu já alcancei! Gosto de trabalhar, gosto de ser feliz, de me cuidar, de ganhar dinheiro, de ter amigos e de fazer sucesso. Então, tenho que ralar e botar a mão na massa. Meu dia a dia não tem glamour nenhum. Ralo muito, fico o dia todo no telefone vendo pauta, cenário, escrevendo coisas, fechando contratos. Eu ralo, tá?! Então, é o reconhecimento disso tudo que eu faço!
É verdade que você é tímido?
É superverdade. Eu sou tímido, não gosto que me largue vendido no meio de um monte de gente. Se eu tiver que fazer uma piada, eu travo. Se eu for a uma peça e um ator descer do palco e falar comigo, eu desmaio. Tenho horror!
Você se inspirou na sua mãe para a peça teatral. Também se inspira em outras pessoas da sua família ou em amigos para compor seus personagens?
Me inspiro na minha vida, nas coisas que eu faço, nos lugares que eu vou, nas pessoas que eu esbarro. Por isso, levo uma vida normal, gosto de ter contato com a realidade, com a vida humana, normal, contato com a rotina, porque é dela que a gente tira as melhores histórias.
Ainda está namorando e pensa em ter filhos em breve?
Estou sim. Feliz da vida, apaixonado e quero ter filhos.
Como é a reação das pessoas nas ruas? Já passou por alguma situação desagradável com algum fã?
Não, nunca passei situação chata. Mas eu também sou muito distraído e até posso ter passado, mas não percebi.
Para você, qual é o lado ruim e o lado bom da fama?
Eu levo uma vida muito normal. Como no self-service, caminho na praia, tomo chope no bar. Eu gosto de ser reconhecido com o meu trabalho. Por isso, para mim não tem lado ruim.
Muitas pessoas pensam que humoristas não podem ficar de mau humor. Que situação tira o Paulo Gustavo do sério?
Odeio gente mentirosa, falsa e hipócrita! O resto eu aturo.
Tem planos de fazer novelas?
Planos não, mas quem sabe um dia role um papel legal. Eu faria com maior prazer!
O que deseja daqui para frente em sua carreira?
Ter saúde, isso pode parecer batido, mas é tão verdade! Não adianta ter dinheiro, sucesso, amigos, família... Não adianta ter nada se você na tem saúde pra curtir tudo isso!
Como você se vê daqui a 10 anos?
Ainda mais chato, falando "sinistro" - que eu falo a toda hora - e mais magro. Nem que eu faça 14 lipos!
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