terça-feira, 14 de junho de 2011

Paulo Gustavo responde 10 perguntas para as leitoras da revista QUEM!

O ator Paulo Gustavo costuma emprestar seu jeito inquieto aos personagens que faz, como o cabeleireiro tagarela Renée, do seriado Divã. “Acho que sou divertido como ele. Sou cúmplice das minhas amigas. O Renée está mudando minha carreira. Ele está me fazendo subir um degrau a mais”, comemora ele, que conversou com o repórter Pedro Moraes e respondeu às perguntas dos leitores enviadas ao site de QUEM. Além do sucesso na TV, Paulo segue em turnê pelo país com os espetáculos Minha Mãe É Uma Peça e Hiperativo, ambos escritos por ele, e também prepara um musical. Aos 32 anos, o ator revela que se sustenta com o teatro, que sonha ser pai e que precisou atuar para exorcizar seus demônios. “Eu tinha o diabo no corpo, mas o controlei com a arte.”

1- Você se inspirou em alguém para fazer o Renée de Divã?
Luana Marcelle
, Rio de Janeiro (RJ)
Sim, numa maquiadora do Projac chamada Marli. Ela é muito engraçada, dá esporro em todo mundo. Teve um dia em que ela chegou muito maquiada. Eu falei: “Você chegou assim às 7h!”. Aí, ela me respondeu que se maquia até para dormir. Perguntei por que e ela respondeu que, se passar mal e morrer, já está pronta (risos). Mas eu também tenho muita coisa do Renée. Também sou muito rodeado de mulheres, sou cúmplice das minhas amigas, e acho que sou divertido como ele. O Renée está mudando minha carreira. Ele está me fazendo subir um degrau a mais.

2 - Sua mãe é mesmo uma peça?
Teresa Cristina Berger, São Gonçalo (RJ)
Ela é uma peça. Escrevi esse espetáculo para homenageá-la. Falo muita coisa dela, até dei uma amenizada para não queimar o filme. Ela é pior que o personagem: mais marrenta, mais atacada, mais histérica e mais legal – mais tudo. A personagem da peça fala que vai tacar alguma coisa em cima de mim, mas com minha mãe não teria ameaça, ela faz acontecer. Minha mãe já apareceu em boate
de camisola atrás de mim...

3 - Você também se inspira em outras pessoas de sua família?
Patrícia Souza
, Niterói (RJ)
Minha avó, Dea, que é pior que minha mãe. Mais antiga, então, é mais turrona. Tem minha empregada, Valdeia, que é hilária e trabalha na minha casa há 25 anos. Tem trejeitos e maneiras de olhar delas nas minhas peças. Todas as mulheres da minha família são malucas e histéricas. Tinha um avô da minha mãe, chamado vovô Crioulo, que dizia que, se fizessem um teste nas mulheres da família, iam descobrir que todas eram homens.

4 - Você já se mostrou excelente comediante. Sonha com um personagem fora da comédia?
Joana Benevides, Manaus (AM)
Tenho vontade, mas meu sonho é ter saúde e viver da minha profissão. Estou em cartaz há cinco anos, viajando o Brasil todo, e sem saúde não dá. Rezo todos os dias. Não tenho férias direito. Com certeza, vou fazer personagens diferentes, sou muito novo e terei muito tempo de carreira, mas gostaria de fazer um cara mau, daqueles que neguinho quer dar na cara.
Arnaldo Borensztjn/Ed. Globo
5 - Você tem planos de fazer novelas?
Ricardo Fernandes, Teresina (PI)
Tenho, claro. O problema é que novela prende muito e, como vivo do teatro – tenho duas peças das quais tiro meu sustento e da minha família –, não posso estar preso. A TV não me paga o suficiente para manter as peças, com cenário, funcionários. É uma estrutura que estou fazendo.

6 - Você é daqueles que perde o amigo, mas não perde a piada?
Paula Rocha, Santa Maria (RS)
Mais ou menos. Se for prejudicar mesmo, eu perco a piada, sou bonzinho. Mas dou uma alfinetada. E quando o amigo sai, dou uma zoada. Eu não faço a piada com o amigo na frente. Tenho peninha de zoar.

7 - Como você era quando criança? Aprontava muito no colégio?
Cláudio Amorim, Feira de Santana (BA)
Era terrível. Fui expulso do Salesianos, em Niterói. Minha mãe avisou que, se eu fosse expulso, iria estudar em colégio público. Aí, fui para um e a diretora me mandou sair. Eu brigava com professora, com aluno, jogava sanduíche no telhado. Tinha o diabo no corpo, mas o controlei com a arte. Ele continua presente, agora com foco.

8 - Qual é seu estado civil?
Ana Clara Domingues, por e-mail
Namorando e apaixonado.

9 - Você fez sucesso interpretando uma mãe. Gostaria de ser pai?
Julieta Abreu, Recife (PE)
É meu sonho e vou ser. Penso em ter um com a minha “fucinha”, ter um pequeno Paulo Gustavo correndo pela casa. Uma hora vai acontecer.

10 - O título da sua peça é Hiperativo. Você é hiperativo?
Fátima Gonçalves, Rio de Janeiro (RJ)
Sou muito hiperativo. Não posso tomar café. Se tomar o dia inteiro, faço a peça em 40 minutos, quando o normal é 1h05. Quando tomo café, fico atazanado e faço no pique. As pessoas morrem de rir vendo. É demais ver o pessoal rindo igual ao primeiro dia, é ótimo!

Confira o video dos bastidores!

http://www.youtube.com/watch?v=G7t0Ou4Gw_4&feature=player_embedded

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